segunda-feira, 20 de setembro de 2010

o clã dos linosapos

o clã tem origem com a matriarca Damiana linosapo da Silva, quando chega ao distrito de Cachoeira do Sapo RN, com seu marido Aderson, e sua filha Andreza linosapo, e grávida a espera de seu filho aos 6 meses de gravidez, André linosapo. depois nasce Adelina linosapo, Adélia Linosapo e Adayane linosapo.
o clã escolheu o nome pela resistência do animal e sua utilidade dentro da natureza, como também a sua pouca aceitação pelo homen.
o clã se fundamenta na resistência e otimismo de Damiana a matriarca, do carisma e a força de Andreza, na inteligência e no carácter de Andrelino, na simplicidade e gentileza de Adelina, na coragem e perserverança de Adélia, na solidariedade e atenção de Adayne.
o clã tem como princípio, a justiça, a união, a bondade, e a honestidade.
o clã tem o respeito as diversidade e a busca do conhecimento como lema de vida.
Um linosapo é responsavel pelo seus atos, mas sendo preciso mata ou morre pela sua honra, quando ferida ou violada.
a hierarquia se dar pela idade, e um jovem Linosapo deve respeitar os mais velhos, assim como os mais velhos devem respeitar os mais novos.


Ordem hierárquica do clã dos linosapos

1 Damiana Linosapo
2 Andreza Linosapo
3 André Linosapo
4 Adelina Linosapo
5 Adélia Linosapo
6 Adayne Linosapo
7 Amanda Maria Linosapo
8 Andressa Joyce Linosapo
9 Aléxia Carolaine Linosapo
10 Rafael Ramon Linosapo
11 Alisson Matheus Linosapo
12 Andrey Raylan Linosapo

quarta-feira, 23 de junho de 2010

INSANO VIVER

Rasgo-me em meu silêncio a procura de algo que me traga um remédio para a solidão. Solidão que não machuca em silêncio, mas que é o próprio silêncio se rasgando em devaneio. O meu vazio já está completo, não há como fazer-lo maior nem tão pouco menor.

As preces que me fazia ter coragem na infância, hoje me retratam um monstro libertado e muito mais assustador, e tenho medo. Já não posso me esconder em meu lençol. E muito menos esperar o sol nascer. A cada minuto o monstro se aproxima mais de mim, não posso me esconder, e entre tantos encontros e desencontros até a morte já me abandonou. Ela cansou de me esperar. E o som dos soluços de minhas madrugadas frias e amargadas pelas lágrimas incessantes de meus olhos entre adormecidos, já se confundem com o Cantar de um pardal, compassado pela cadência de meu coração enlouquecido.

Que saudade de quando era feto, a dor humana não me alcançava. Hoje vivo a lembrar do ontem, e me vejo forçado a disfarça que sou feliz, com meus sorrisos mascarados e insanos. Que pena que sou humano, sendo animal o mundo é melhor. Devo viver o irracional, maldito homem, Que sua carne come saboreando cada frepa entre seus dentes desenfreados. Duas, 605, 195 milhões parece pouco, contemos então seis bilhões, e mesmo assim continuo amargando a solidão. Solidão pura e verdadeira, parceira da razão e desmembrada da emoção. Emoção que destrói, mata e corroe. Emoção dos amores impossíveis, da verdade reprimida, dos desejos sentenciados, recluso, regenerado e liberto. Da vida castrada pela sociedade.....dade.... dade de longa idade.

Agarro-me ao não ser, não ser digno, justo. Isso muda e mata como absurdo. Quem dera a ideologia judaica cristã não houvesse triunfado. talvez meu sorriso fosse verdadeiro, e meus pés sentissem o calor da terra, e minhas costas não sentissem o fardo da vida. Maldito homem que produz Deus, e dele justifica seus interesses, os mesmo que não são os meus. Breve vida que um dia irá descarregar seu fardo no céu cintilante de azul, depois que a terra comer putrificada suas carnes. O homem volta a terra, a terra. O céu só presenciará.

A diferença de vê, fez meu sangue ficar frio e descoloriu. E o meu amor se tornou um produto de minha existência, que saboreio conforme a fome de mentir surja. Minto para todos e só assim sou verdadeiro para o mundo. A felicidade foi industrializada junto com os sonhos, E eu vivo obeso de tanta porcaria degustada. Morro em vida dez vezes por hora e me sepultam sistematicamente nessa cova tão gigante que chama de mundo. Mundo imundo.

Minha solidão pariu na caverna, é o mito. Que livre me acorrentou no meu próprio compreender. Fazendo-me sair da caverna de todos para minha própria caverna, onde aceno para quem vejo sem que eles percebam aonde cheguei. Migalhas de paixões me crucificam sem perdão, e da cruz desço sepultado em minhas desilusões. E mesmo mentindo cem vezes para mim, isso não se tornará verdadeiro, e a única verdade absoluta é que tudo é mentira, mentira, mentira. A mesma que me afogou na solidão. Vejo, no entanto, que a verdade não pode ser vivida, e de mentira não consigo viver. Então que me afogue a solidão. Tomarei até a última gota de sua essência, contemplando minha decadência e esse é meu insano viver.

LINOSAPO

A VIDA É UM ACIDENTE DA MORTE

A VIDA É UM ACIDENTE DA MORTE


Como seria se não fosse assim.
Seria difícil ou mesmo ruim.
Morrer é nascer na eternidade.
É vencer o tempo, pura verdade.
Morrer não é ruim, ruim é viver sem poder morrer.
Porque a morte é uma dádiva.
Ela finaliza e te faz nascer.
É um ponto final que constantemente se inicia para findar-se.
Morte, morte, morte, só morre quem vive.
E o que é a vida? Apenas um vazio da morte.
Ou um castigo da morte, já que no tempo se vive mais morto que vivo.
Morrer é pretérito perfeito e futuro do viver.
Na morte não se pode ver, sofrer, comer.
Morte é justiça, todos morrem e nem todos vivem.
Morte, morte, morte que sorte que ela é forte.
De leste ao oeste, de sul ao norte, morte, morte, por ti que vivo sempre forte.
Quem morre? Todos morrem, todos devem morrer.
Morrer é completasse, é libertasse, é exportasse.
Fome, dor, medo, rancor, na morte não tem valor.
Morrer é dormir sem sonhar.
Dormir sem sonhar é com a morte se identificar.
Vou viver minha morte sem ser fantoche.
E se a morte tem morte.
Devo nascer e viver novamente a espera da morte.


LINOSAPO.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

biografia

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Andrelino da Silva (Lino Sapo) nasceu no dia 06/01/1981, na escola Isolada Juvenal Lamartine, no distrito de cachoeira do sapo/RN. Filho do casal José Adelson da Silva e de dona Damiana Lúcia da Silva.
Foi o segundo filho do casal num total de cinco. Após seu nascimento foram morar em outras casas do lugar somando num total de doze casas e um pé de árvore por um dia. Começou seus estudos no projeto casulo, e sua primeira serie fez na mesma escola que nasceu, agora reformada e em atividade.
Aprende a ler influenciado pelos livros de cordéis que via seu pai lê. Em 1989, seu pai se separa de sua mãe deixando apenas com seus cinco filhos onde a mais velha tinha 10 anos e a mais nova estava na barriga com Dois meses. Andrelino encontra na escola uma oportunidade de fugir de sua realidade, já que a fome e tantas outras necessidades o faziam sofrer diversas formas de preconceito tanto racial como econômico.
Faz seu ginásio na escola municipal Fransciquinho Caetano em Cachoeira do Sapo, e conclui seu ensino médio na escola estadual Manoel Severiano em 1998 aos 17 anos. Considerado como vagabundo por gostar e andar com livros pra cima e para baixo foi amante da literatura no qual se apixona por personagens como dom Quixote e Policarpo Quaresma.
Como profissional trabalhou como carregador de comer de porco durante nove anos, foi carvoeiro, batedor de tijolo e arrancador de toco. Mesmo não tendo apoio fundou o PLUJET, grupo de jovens que trabalhava com o desenvolvimento social e cultural de Cachoeira do Sapo, no qual ocupava a função de diretor de eventos, colocando sua pequena Cachoeira do Sapo na mídia ao realizar a festa de comemoração dos 70 anos de Cachoeira do Sapo no ano de 1999.
No ano 2000 foi soldado do exército, onde começou a criar suas primeiras poesias. Ao terminar seu ano no exército retornar para Cachoeira do Sapo onde funda no ano 2001 o Arraiá do sapo, o primeiro grupo de quadrilha matuta a disputar em festival e a ganhar destaque no meio cultural da região conquistando seus primeiros troféus.
Criador de peças de teatro e também ator, investiu por conta própria na cultura de Cachoeira do Sapo pesquisando e escrevendo história local. No ano de 2003 veio trabalhar em natal como servente de pedreiro lugar onde se encanta com a Universidade Federal. No ano de 2005 presta seu primeiro vestibular. Passando em décimo lugar para o curso de Biblioteconomia, se tornando o primeiro cidadão Cachoeissapense a entrar na Universidade Federal, saindo do interior e estudando somente em escola pública sem nunca ter feito cursinho.
No mesmo ano passa no concurso para agente de saúde da prefeitura municipal de Riachuelo. Também começa a fazer o curso de História na Universidade potiguar UNP. Em 2006 torna-se palestrante do projeto conheça a UFRN através do residente, motivando os alunos do interior do estado através de sua história de vida.
Também leva para seu interior a idéia de que é possível chegar a universidade, e começa a da aulas solidariamente para alunos tanto de seu interior como de outros. No ano de 2007 se torna conselheiro da residência universitária CAMPUS II, durante um ano. Nesse mesmo ano escreve a fabula inês.
Em 2008 apresenta na câmara municipal proposta de um projeto de lei que para cada criança nascida no município um livro seja comprado, dedicado à criança e inserido na biblioteca pública do município. Suas poesias são trabalhadas a nível acadêmico e além de despontar o patriotismo da terra que nasceu, apresenta as situações econômica das famílias humildes do interior do estado.
Atualmente Andrelino ou Lino-sapo nome que ganhou por ser dessa terra e ter herdado do sapo a característica de ser persistente. Bacharel em biblioteconomia, licenciado em Historia pela UNP, aluno de letras da UFRN, e mestrando de Ciências Sociais pela UFRN. Tem como ícone de suas poesias coisa do sertão de antes, e o conto conhecendo os nomes das cidades do Rio Grande do Norte em um conto, alem de livros e outras tantas poesias.

quarta-feira, 9 de junho de 2010

conhecendo os nomes das cidades do Rio Grande do Norte em um conto

CONHECENDO AS CIDADES DO RIO GRANDE DO NORTE EM UM CONTO
Cumpade PEDRO VELHO me diga como você anda? Inda ta trabaiando muito? E como anda cumade NÍSIA FLORESTA? Caba veio tou puraqui meio perdido, é uma históra meia adoidaiada mai se o senhor me ouçar desbatarei sem arrudei. Eu vinhe pra essas bandas buscar um TOURO chamado GUAMARÉ, pra levar lá pru ALTO DO RODRIGUES. Meu patrão seu ANTÔNIO MARTINS comprou o bichinho a seu MÉSSIAS TARGINO, meu patrão é abastado, é um homem bom e influente, foi amigo de infânça de RUY BARBOSA. Ele vive muito bem, agora eu cumpade, é que ando com uma maruzia e uma azalação da mulinga.
Cumpade ultimamente eu ando meio os imboléus, já fiz inté prumessa e já rezei pra SÃO PEDRO, SÃO FERNANDES e inté para SÃO VICENTE, pru mode eles falar com meu BOM JESUS pra eu ter BOA SAÚDE. Asto dia eu fui ao DOUTOR SEVERIANO e ele me arreceitou um lambedor de JAÇANÃ. Inda disse mai, que era bom pra eu viajar, ir pra outros lugares, ele inté me idicou BARCELONA, MACAU, EQUADOR ou se não quisesse sair do Brasil fosse pra PORTALEGRE ou pru ESPÍRITO SANTO. Sabe o que eu fiz? Eu fui foi pro PARANÁ, mas pense cumpade cumaé pequeno, é um PARAZINHO!!. Mai purlá tem um TABOLEIRO GRANDE com uma AREIA BRANCA, bem pru lado tem uma SERRA NEGRA DO NORTE, na verdade é uma SERRINHA!, Só que lá enriba cumpade tem uma PEDRA GRANDE e é uma PEDRA PRETA e purriba dela tem uma NOVA CRUZ feita de ANGICOS. Mai lá cumpade é tão quente, tão quente que parece o ceará, um CEARÁ-MIRIM, claro.
Cumpade prosiando e atencionando as coisas purcá mai que BAÍA FORMOSA, é muita bunita. Me alembrei de seu LUIZ GOMES, ele inda mora pru trai daquelas MONTANHAS? E seu PEDRO AVELINO, ainda é morador de seu AFONSO BEZERRA? São um povo muito prestativo. Cumpade! Tou me alembrando que tenho uma conta a acertar, é umas PENDÊNÇIAS com seu SEVERIANO MELO, tou só esperano baixar a IPUEIRA par ir cobrar meus GALINHOS que ele trouxe lá da SERRINHA DOS PINTOS. ITAJÁ na hora de a gente acabar com esse quelelé esse EXTREMOZ, esse CARNAUBAIS de desavenças, acabar de vez com essa picuinha.
Cumpade cortei esse chãozão de uma ponta a outra, em todo canto ta uma caristia danada, as coisas tá pelo oio da cara. Cumpade vou te dizer uma sabença, do jeito que a coisa tá rumando só vai piorar, prumode de que ultimamente passei uma fome danada. O senhor me imagina que nessa sumana só comie uns peixinhos, Uns ACARI pequeno que parecia um BODÓ. PATU ver JAPI die inté a SANTO ANTÔNIO e a SÃO MIGUEL uma boa forragem pru bucho, pidie com tanta esperança que chega fechei os oios e imaginei o rango, e falei arto e GROSSOS, SÃO MIGUEL DO GOSTOSO!!!!!
Mudando o prosiado o cumpade se alembra da fazenda siridó? Pois bem, tá bunita, lá fizero CURRAIS NOVOS, só de PAU DOS FERROS duro feito ASSÚ, e de CARNAÚBA DOS DANTAS, lá daquela LAGOA DANTA. Cumpade foi trabaiada danada os morão foram tudim cortado pur seu FRANCISCO DANTA e o empregado dele seu JOSÉ DA PENHA. Cumpade ficou de primera, lá tem o mai bunito JARDIM DO SERIDÓ. O padroeiro da fazenda é um santo de casa, é SÃO JOSÉ DO SERIDÓ, e a padroeira não pudia ser de outro lugar e esculhero SANTANA DO SERIDÓ, mai dizem as más línguas, Cá pra nós, que ela num tá fazendo nenhum milagre não, tão inté quereno jogalá no mato. Já tem inté gente chamando, ver se pode, de SANTANA DO MATO. Desse jeito tá rim já pensou cumpade, se o padroeiro não fizer milagre, e quiserem jogalo naquele CAMPO REDONDO, imagine só cumpade aquele CAMPO GRANDE, vão bem apilidar de SÃO JOSÉ DE CAMPESTRE. Magina só?
Mai cumpade cum toda buniteza o lugar tá sem um pé de vida, logo adispois que seu BENTO FERNANDES bateu as botas, os filhos RAFAEL FERNANDES e RODOLFO FERNANDES quisero vender as terras, inda chegaro a vender uma parte para ALMINO AFONSO, que fez um SÍTIO NOVO, que vai do RIACHO DA CRUZ inté o MONTE DAS GAMELEIRAS. Cumpade num vendero todinha pruque seu MARCELINO VIERA e seu FERNANDO PEDROSA cuma era os moradores mai antigo se intrumeteram. Tavam brabos e eles diziam: o resto vocês não vendem, o pai de vocês era um santo já esquecerão? Vocês deveriam era fazer uma igreja para o pai de vocês, pra noise as terras inda são daquele santo. E a SERRA DE SÃO BENTO ninguém toca, e do jeito que eu tou me agarru cum cobra piso inté em cascavel e CERRO CORÁ.
Cumpade a confusão foi grande demai, era tanta da fofoqueira na fazenda, pisano purriba das plantas e se rindo, que parecia um JARDIM DE PIRANHA. O qui qui foi maior quando FRUTUOSO GOMES falou que as TIMBAÚBAS DOS BATISTAS tava
sendo irrigado do OLHO DÁGUA DOS BORGES. Minina cumpade, quando MARTINS oiçou foi logo dizeno: quero ver irrigar lá do meu MONTE ALEGRE, pruque lá é uma LAGOA SALGADA! Nisso cumpade, chega RAFAEL GODEIRO trazendo o CORONEL EZEQUIEL e o TENENTE ANANIAS. Cumpade quando os homi chegaru, inté a CRUZETA, feita de OURO BRANCO, fincada na entrada da fazenda, num pé de BARAÚNA, ficou sem ENCANTO. O estrelado foi logo falando: e essas mueres VIÇOSA não têm nada que VENHA VER aqui. Nesse momento cumpade, ele espiou pra eu, que me tremie todinho, logo ele cumpade que me achava caipira e só me chamava de CAIÇARA DO NORTE. Ai Ele preguntou o que é que eu fazia ali. A voz ficou entalada mai eu resmunguei tempo dispois: vinhe rezar pra SÃO BENTO DO NORTE. Ele chega muchou e com um olhar macriado disse: aqui só tem rezatório só se for pra SÃO BENTO DO TRAIRI, vá simbora percurar outro santo. Arribe para o oeste lá tem muitos, talvez você encontre um SÃO FRANCISCO DO OESTE. Não precisou nem terminar a pronunciada, sai em toda disparada, parecia inté que agora eu nadava e vuava que nem um CAIÇARA DO RIO DOS VENTOS.
Cumpade! Cumpade! Fui muito azilado, na carreira bati num palanque que tava o GOVERNADOR DIX-SEPT ROSADO, o SENADOR ELOI DE SOUSA e mesmo na horinha que o SENADOR GEORGINO AVELINO tava se pronunciando. Quando os povos me viro na carreira em direção ao palanque, pensava que eu ia matar os chefes políticos. Nisso o CORONEL JOÃO PESSOA me viu, no aperreio que eu tava eu nem pensava, daquele jeito eu merguiaria inté no RIO DO FOGO. Cumpade quando eu espio pru lado o MAJOR SALES e o TENENTE LAURENTINO já vinha nos meus carcanhar pega num pega.
Ai foi que eu corri, inda mai com o tiro zunindo no peduvido, pulei por riba de uns PILÕES e sai com a gota serena. Escutei na carreira quando dona LUCRÉCIA disse, é guerra, FELIPE GUERRA! Felipe venha pra casa meu fio, SÃO JOÃO DO SABUGÍ pruteja meu fio. Não parei cumpade de correr, se eles me pegam eles iam JUNDIÁ de eu. Dei um pitú nos homi e sai meio escundido pru trai de uma LAJES PINTADA, peguei um RIACHUELO e sai sem deixar rasto. Vie de longe uma VÁRZEA e ai eu fui em busca do PORTO DO MANGUE que era menos perigoso. Quando cheguei purlá só tinha PASSAGEM na canoa TIBAU DO SUL. A TIBAU já havia saído, elas chegam em PARELHAS mais uma sae meia hora antes. Ai cumpade eu pensei desse jeito num dá, sou nortista, no sul num vou agüentar.
Então cumpade eu sai por um BREJINHO e vie um filete d’água conhecido, era do RIACHO DE SANTANA uma ÁGUA NOVA tumei logo umas goipada. Adispois cheguei a uma BAIXA VERDE e vie muita arvures agrandaada fui andando pra lá, cumpade pense num lugar bem sombraiado paricia um JARDIM DE ANGICOS. Pensei ter escapado dos homi mai a armadia foi pior. Sai bem no meio de uma aldea dos índios JANDÚIS e MOSSORÓ, continuei andano como se num tivesse percebido nada. Foi quando ouvi o pajé MAXARANGUAPE dizer pra dois índios assim: IPANGUAÇU, PARNAMIRIM corram atrás e PARAÚ e tragam para mim, eles realmente me pararu, me amarraru e me colocaru em uma LAGOA DE PEDRA e adispois em um POÇO BRANCO. Cumpade o corpo todo tremia, a voz já não saia, os cabelu nem sentava no casco. Foi quando eu a lembrei de SANTA MARIA e do meu anjo da guarda, SÃO RAFAEL, e cumecei a rezar, nisso o pajé me olhou da cabeça aos pés e disse: UMARIZAL, TAIPÚ vá buscar CANGUARETAMA.
Cumpade pense numa agonia danada enquanto eles saia eu me borrava todo nas calças. Quando vortaru o pajé falou: veja filha se esse serve? Enquanto eu espiava aqueles cabelus e oios pretu feito a casca de uma CARAÚBAS, ela tapava o nariz e balançava a cabeça em negação. Entonce JUCURUTU me soltou e APODI disse aqui é PASSA E FICA mai você num vai ficar. O pajé com um oiar dar uma ordem e ARÊS trai um jumento, ITAÚ inda diz: o nome dele é nema. Ai me ajuda a muntar no burro, e espanca o animal que sae em toda carreira, enquanto eles gritam aqui num é lugar pra covardes.
Cumpade o burro curria e eu agradecia pru céu, o meu estoque de santo já tinha acabado, mai inda restava alguns, então comecei a agradicer, a SÃO PAULO DO POTENGI, SÃO GONÇALO DO AMARANTE e SÃO JOSÉ DO MIPIBÚ. Fiz o sinal da SANTA CRUZ e sai me escurregando nos espinhaço do burro, que começa a desembestar e a pular devido a catinga, e eu gritano aperriado upa, upa, UPANEMA, pare meu bichinho. Nisso só ouvir a burduada cai estatelado no tronco de um pé de MACAÍBA, e ali mesmo adormecie todo duido. Acordei com o canto dum CAICÓ e dum TANGARÁ. despertei adispois de uma madorna boa e sai andano a pé com o bucho roncando que parecia um trovão, a vista já tava escura de sede, num via mai nada. Só sei que cheguie numa LAJES e caminhei até achar uma LAGOA NOVA pra me banhar, e bem na frente encontrei uma LAGOA DE VELHOS.
Pedi cumida e me derum umas GOIANINHAS, preguntei onde estava, e eles disserum na SERRA DO MEL, então sai por entre umas plantaiada que formava uma FLORÂNIA e que parecia uma VILA FLOR. Seguie as abeias e achei uma JANDAIRA, e que mé, foi um SÃO TOMÉ. Rumei para o oeste e dicie a SERRA CAIADA na noite de NATAL. Foi lá que vie a beleza e a PUREZA de ALEXANDRIA, chamei um menino pru nome de IELMO MARINHO e pedi um favor. Só pra dar um recado aquela donzela que meu coração amou. Mas o minino olhou e disse: Deus que me livre meu sinhor, aquela muier bunita é fia de seu JOÃO DIAS e ele é o lampiã da regiã.
Te juro cumpade, em nome da VERA CRUZ, aquela muier inté os anjos seduz. Tudo que hoje eu mai quiria era com ela casar, e se isso um dia vier a acontecer, pode ter certeza, pra eu será o trofé do meu TRIUNFO POTIGUAR.
Conto Poético de Lino sapo ( andrelino da silva) em homenagem e respeito a todas as Cidades que pertence ao estado do Rio Grande do Norte.
Email: alinosapo@yahoo.com.br
Cachoeira do sapo/RN
05/03/2010

sexta-feira, 28 de maio de 2010

JARDIM DOS SONHOS

Abra seu coração e liberte a solidão
Vá até a porta do egoísmo e o prenda com as algemas do altruísmo.
Ache o lugar onde guardou seu ódio e o extraia até a última gota e as lance no fogo do perdão
Atice com coerência,
Para que a temperatura seja correspondente a da razão.
Para apagar o fogo use a lógica,
Depois junte as cinzas no caco da esperança
E misture com honestidade
Deixe descansar por algum tempo à sombra da ética.
Quando estiverem homogêneas plante uma semente do bem
Aguai todos os dias com muito amor,
Quando a paz estiver desabrochando adube com dignidade
Aguai e adube sempre e em pouco tempo colherás felicidade
Tire uma semente e deixe secar aos raios da sabedoria
Embrulhe na gratidão e amarre com solidariedade
Presentei alguém e peça que continue fazendo
Só assim existirá o jardim dos sonhos
Que brotará unicamente da simplicidade
Para que o jardim seja sempre vivo.
Use como inseticida para o orgulho a humildade






jardim dos sonhos

lino sapo

A SEMENTE

A semente

Certa vez um garotinho tinha que vir morar na cidade, seu coração partiu ao saber da idéia que seus país tavam tendo. E mesmo sem querer abandonar aquele lugar que para ele era mágico, começou a preparar suas coisas, foi no seu jardim e colheu todas as sementes das plantas que lá havia. Colocou em uma pequena vasilha e deixou a luz do sol para secar, quando o dia chegou seus olhos escorriam lágrimas por ter que partir, mesmo assim não esqueceu de levar suas sementes, ao pegar a vasilha, ele notou que lá havia uma semente diferente, mais a pressa fez a levarem também juntas as outras. Na certa teria sido algum passarinho que a havia deixado lá. Chegando a cidade providenciou logo seu jardim, e meio intrigado com aquela semente e sem conhecê-la resolve não plantala deixando solta no chão. Logo toda a semente plantou, cuidou aguou e adubou, e logo todas as sementes estavam nascendo, o lugar já não era tão estranho e uma parte do que tinha deixado acabava de chegar. O interessante é que mesmo sem cuidar aquela sementinha diferente estava nascendo bem distante das demais, com o tempo ele percebeu como ela crescia igual às outras mesmo sem ele cuidar, então resolve matá-la. Vai lá e pisa por alguns estantes na planta para que essa morresse.
Todos os dias o garoto cuidava de seu jardim e aos poucos esse se tornava cada vez mais lindo, o tempo passava e já tinha contato com algumas pessoas no lugar, e no colégio sentiu algo diferente começou a gostar de sua coleginha de classe, era notável o quanto ficava bobo diante dela, a turma se reuniu e em um dia muito especial fez o aniversario dela supresa, e ele querendo impressioná-la, corre até seu jardim e colhe um enorme ramalhete de flores, com flores de toda a cor e vários perfumes. E a pequena planta também tinha uma única flor, mais essa ele fez questão de não levar. Chegando a escola com toda empolgação entregou o ramalhete, a garota tava tão eufórica com a supresa do aniversario, que meio sem querer nem se deu conta que esnobou o presente do seu admirador. Ele por sua vez baixou a cabeça e saiu triste para casa, no caminho um filme passava em sua cabeça. Era a primeira vez que sentia aquilo de forma tão diferente, sua vontade era de desaparecer esquecer quem era, então resolveu volta para o sitio onde seus avós moravam, falou com seus pais e esses achando que era natural essa atitude concordaram que ele iria passar alguns dias no sitio. Ele partiu, e sua única recomendação era que cuidassem do seu jardim.
O tempo passou e ele resolveu voltar, acreditava está curado do que o fizera partir, ao chegar na calçada de casa encontra aquela menina que o fez partir, e ela estava com o sorriso tão perfeito em seus lábios que ele foi falar com ela, e ela com muita saudade o abraçou forte como se não o fosse ver nunca mais, o garoto já não entendia mais nada o que se passava, apenas pegou em sua mão e caminhou até seu jardim, chegando lá tudo estava perfeito, apenas uma coisa mudou, sua plantas não tinha flores para oferta a sua amada, mais lá no cantinho, um pouquinho escondido, havia uma planta que tinha uma linda flor vermelha, e ele caminhou até ela, e com um gesto de um grande amante a entregou, a garota beijou a flor e em seguida o beijou. Seu coração quase saiu com tão grande emoção, passaram alguns estante abraçados. Ela saiu e ele ficou ainda em total êxtase, abriu os braços e ficou a olhar para o céu agradecendo a Deus pelo presente. Correu até a casa e abraçou seu país só que não era um abraço de saudade e sim de alegria pelo que tinha acontecido. E eles ficaram namorando a partir desse dia. No amanhecer do outro dia ele se levantou e correu para seu jardim e começou a cuidar também daquela planta, agora sim, ela era a mais especial de todas, havia o ajudado a realizar seu maior sonho conquistar a garota da escola. No entardecer ele notou que aquela plantinha que ele havia cuidado estava um pouquinho mucha, correu até a casa e trouxe adubo e bastante água. No outro dia a plantinha mais muchinha estava, ele se desesperou mais nada consegui fazer para salvar sua grande amiga de conquista, e a plantinha a cada dia morria mais, e no sétimo dia ela estava completamente morta, sem deixar uma única semente. Ele começou a chorar por ver sua plantinha sem vida, e sabia que pouco havia se importado com ela, e mesmo assim ela o ajudou a ser feliz, então o garoto se abraçou com sua mãe e começou a chorar e reclamar.
- mãe porque é que eu a destruí por tantas vezes e ela não morreu, e só agora que ela era a mais importante planta do meu jardim, que cuidei com tanto carinho, e ela morreu?
A mãe sentindo a dor do filho naquele momento falou.
- Filho a vida é mesmo assim, costumamos valorizar o que achamos que é certo, e acabamos nos perdemos em nosso egoísmo, ela morreu mais nunca deixara de existir o seu exemplo, que com simplicidade mostrou o quanto tudo tem o mesmo valor, o que muda é o momento em que elas acontecem.


Lino sapo 08/08/2007

da cacchoeira para a vida

DA CACHOEIRA PARA VIDA

Ainda sois do tempo do preto e branco, mais branco do que preto. Chegaste com a fartura, crescesse sem frio, cheio de amigos e irmão, com uma cor amarronzada que te fazia parecer transparente, depois viraste negro sem nenhum preconceito e sem medo de perde o rabo que acabasse perdendo. Pra sentir o calor do sol, botasse para fora essa cabeça feia com uma grande boca, olhos espaçados bem redondos e visse o mundo, e por ele caminhasse sem pai, sem mãe, sem lar e sem destino. Trôpego e saltitante seguisse para as pragas e entre uma flor e outra tiraste teu alimento, e daquela coisinha preta e buchuda, viraste um carregador de leite, mijão e barrigudo.
Tua língua é eficiente, e a usas para ganhar a vida, e isso é bom e só porque talvez você faça o bem, muito te odeiam sem te entender. Pouco importar querer impressionar comendo brasas ou se inchando para amortecer as pancadas que te dão, todos podem te expulsar, chutando, outras vezes te salgando, eles não entendem que apesar de ser feio eis útil, e parece que tua feiúra esconde tua utilidade, e quando nada entendem te apresentam a vassoura. Não sois bem vindo, a não ser que se torne príncipe, és o antônimo da beleza e o mais simples adjetivo para o menosprezo, assumindo assim o último degrau da humilhação. Mesmo sem dizer nada, cozem tua boca, e pior ainda quando te expõe o coração e as tripas, e tudo quanto queres é se refrescar, cantar e provar como és romântico.
Sabendo que poucos te entendem, ainda causa admiração, te invejam por ser completo, entendes a terra e a água, conheces os rios , os lagos e em qualquer poça se acomoda com perfeição. Se a água assusta a muitos, tu se mostras como maestro que não desafina e nunca morres afogado. Curioso teu nome pequeno que muito até te apelhidão com um maior, e entre sapo e cururu, sois apenas mais um, que aparece como trapo vindo de rios e riachos, e num lugar remoto, distante te tudo que te causou dor, teu nome acrescentou. Diferenciando de capoeira a corredeira, ficaste em cachoeira a terra que te adotou, e hoje com muito orgulho, com teu nome o lugar o batizou. E cachoeira do sapo em reconhecimento te aclamou, e mostrou com simplicidade, que a ignorância, por aqui não se projetou.
Lino sapo
28/12/2005

sobejo social

SOBEJO SOCIAL

Eram apenas seis irmãos
Quatro somente é que não
Unidos de acordo com a situação
Irmãos forçados pela condição

Na cor tinham as mesmas distinções
Quatro negros e dois bem clarões
Mas todos eram grandes irmãos
Sofrendo tudo de todos com união

Todos com a mísera fome de atenção
Vivendo a dor mortífera da submissão
Alimentados por uma falsa ilusão
Que deus quis essa desigual divisão

Assim era novinho, Naldo e Damião
Também Janailton, Jose e Imbigão
Todos os filhos sofridos de separação
Apostando em deus como única salvação

Mil bis é banda de contagiante animação
Junta todos num único sonho, os flagelados irmãos
De pau de pião, liga e folha de papelão
A bateria ritma com a percussão

No vocal canta Janailton e Imbigão
Para a guitarra, novinho e Damião
Na bateria Naldo toca com animação
Seguido por José embalando em sua percussão

A Rua Zé Timóteo é o lugar das reuniões
No mercado as grandes apresentações
Lugar em que a dor se faz musicalização
E no palco da vida apresentam-se os irmãos

Que canta com alegria e dedicação
Escondendo as cicatrizes das humilhações
Além de negros, bastardos e órfãos
Filhos de pais separados frutos de desuniões

Meninos grudentos de sonhos e paixões
Segurando as rédeas da vida nas mãos
E os carros de latas puxados por cordões-
Vai-se a doce meninice na isolação

Na escola se aprende a distinguir as lições
Honestidade, dignidade, verdade e comunhão
Trabalho árduo para suas ascensões
E fugir dessa regra todos concordarão

Da escola se sai para a ação
Menosprezando-se toda falsa educação
Rouba-se coco, umbu, pinha e melão
Jerimum, pepino, Bajé, milho e feijão

E o sistema se constrói com nossa maldição
Pobreza aguda causa muita destruição
Os filhos da rua andam na contra mão
Todas as mães choram sem haver solução

Nazaré, Ana, as Maria, Damiana sofrem de aflições
Vendo os filhos sobejo da capitalista nação
Anestesiada com as dores da indignação
Misericórdias para deus pedem em orações

Melhoria para o ano, pois terá eleição
E o sonho de vida nova enche o coração
O tempo passando cresce os irmãos
Vivendo entre a escolha do sim e do não

Há tempo a banda entrou para as recordações
A vida acabou separando os irmãos
Entre os seis nenhum vínculo de união
Separaram-se todos seguindo suas ambições

Janailton, o líder deixou de ser chefão
Negro, pobre, caminhou sem direção
Hoje é evangélico se tornou verdadeiro irmão
Agora só canta para o Deus da salvação

Naldo por sua bateria não faz mais questão
Virou jogador de futebol jogando um bolão
Mais por um casamento deixou a profissão
Hoje vive trabalhando para alimentar o filhão

José, o Zé priquito ritimiza em outra direção
Os calos das mãos não são das percussões
Tornou-se vaqueiro andando de vaquejada e bolões
Casou-se também, coleciona troféus e é um grande campeão

Ronivaldo o novinho teve a mesma missão
Casou teve filhos, mas não separou do alazão
Já correu mais José em diversos bolões
Feliz do que tem vive como e entre os peões

O confuso de todos sempre foi Damião
Disposto pra tudo é mestre em enrolação
Com esposa e filha vive com satisfação
Virou evangélico e moto taxi é sua viração



Andrelino ou Linosapo é o antigo imbigão
Investiu sua vida no campo da educação
Solteiro é poeta, historiador e cientista da informação
E entre uma carona e outra faz sua formação


Os seis cresceram em abundante marginalização
O tempo porem mudou suas situações
E no jogo da vida acabou vencendo os irmãos
E nenhum foi morar como se esperava na prisão

Cachoeira do sapo foi o berço dessa união
Parnamirim, Riachuelo e em Japeganga eles estão
Natal também participou dessa divisão
Mas no coração de cada um, para sempre unidos estarão.





EM MEMÓRIA DESSES AMIGOS

Janailton : fia ou alex
Naldo: cural
Ronilvaldo: novinho
Damião: bolão
José: cabeça de navio ou Zé priquito
Andrelino: imbigão ou explicativo


Que nossos filhos não esqueçam jamais quem foram e como viveram seus pais, e que em cada um de nós, permaneça o respeito e o exemplo de que é possível vencer na vida, se curvando unicamente para Deus, aquele que nunca nos abandonou em nenhum momento.


Lino sapo : 02/04/2009

Para os meus amigos e irmãos de infância, hoje tão distante.

negritude pobre

NEGRITUDE POBRE

Catarro descendo
Mosquito pairando
Feridas escorrendo
Piolhos coçando

Dentes cariados
Calos nas mãos
Tisnado nos braços
Amarrado o calção

Cabelos assanhados
Remela nos oio
Unhão arrancado
Vidinha que dói

Menino sem sorte
De bucho crescido
Lombrigas da morte
Dum nego desnutrido

De roupa de chita
Conjuntinho ganhou
Desfilando como artista
Roupa de defunto usou

Caderno novo que não veio
Pra o cotôco de lápis usar
A chinela que partiu no meio
E o pé no chão a espinhar

Uma árvore, doze casas.
Seus lares aconchegantes
Que abrigou em suas asas
A família de retirantes

Pobre mais muito feliz
Até o casal se separar
Por maldade infeliz
Que marcou o caminhar

O quarto mais novo
O único dos cinco
Seu pai foi seu povo
Que o criou no sinto

A mãe está cadáver
De tanto parir
É a fome que a bebe
E matar o existir



É irmão das vadias
Que o povo julgou
Que aceita os dias
Com honra e fervor

Maltrapilho da vida
Que por sina herdou
Bunda de mochila
Por ser nego ganhou

Vagabundo inocente
Que amor conquistou
Restinho de gente
Que o mundo espancou

Que não morre de medo
De fome ou de dor
Que desde bem cedo
Almoçou o favor

Conhece a tristeza
A paixão, o terror.
E canta a beleza
Da solidão dum amor

O corpo surrado
Da pisa da vida
Se encontra suado
Da longa partida

Não se enverga pra o tempo
Não tem tempo a perder
Vive a cada momento
Humildemente a aprender

Acredita no sonho
E lutar sem parar
Seguindo sozinho
Pra o mundo abraçar

Mas se um dia precisar
Se por acaso pretender
Eu posso te ensinar
A arte de vencer

Sem nenhum preconceito
Sem maldade a falar
Aprenda estufar o peito
E ao pobre respeitar



A vida da muitas voltas
E as coisas podem mudar
Quem ontem passou fome
Hoje pode te alimentar

Meu passado vive em mim
E nunca irei negar
Lágrimas que derramei por tiii
Um dia irás pagar

Que espere querida
A resposta outra vez
Você bem nascida
Filha da estupidez

Não chores querida
Olhe o dia que vem
Esteja mais linda
Meu presente do bem

Insista em viver
Assim como fiz
Esquecendo o sofrer
Disfarçando a cicatriz

Invista nos teus
Mas não seja vulgar
Agradeça a teu deus
Só ele pode te perdoar

Lino sapo, andrelino da silva ( 28/10/2008)

poesia da cachoeira

CACHOEIRA DO SAPO








Cachoeira do sapo desvirginada antes de nascer ,
Por tropeiros valentes em suas entranhas a percorrer.
Nascida isolada depois de batizada em recantos tão errantes,
Crescendo cheia de vida adotada por pais distante.
Com remonto de segredos que embeleza o existir,
Triunfante como um cometa no seu curso a seguir,
Foste menina que a infância não celebrou,
Devendo obediência a quem não se importou,
Adolescente rebelde que já que andar sozinha,
Nos caminhos da vida já sabe cobrar carinho.

Sempre fostes mãe antes que soubesse caminhar,
De seca a inverno sempre no mesmo lugar
Um presente que Deus deu a quem não sabe cuidar,
Guardas em teu seio segredos de lutas longas a conquistar.
Tua alma espelha a grandeza daqueles que a povoou,
E chora com saudade aqueles que te amou.
Entre o chorão e o purão tuas lagrimas despejou,
Por Inês que foi embora e Sofia que não chegou.
Tão linda como era quando belas fica a encantar,
Mas triste como Danaê sem a chuva a encontrar.



O sol que brilha nascendo por trás das serras a coroa de magia,
E a criança que chora procurando o peito da mãe
É tão viva quanto a lua que a vigia.
Teus rochedos são tão fortes que parecem Sansão.
Tens ventos suaves que alivia o fardo do pobre coração.
Cachoeira das Damianas,das coroas de espinhos.
Sois cigana que sangra cada ano um pouquinho.
Teu poeta é tão simples que nem parece existir,
Mas te louva com amor e te planta na memória
Para no futuro te dividir.

minha tapera

MINHA TAPERA


Quem dera fosse uma mansão
Com quarto, cozinha, banheiro e salão.
Não, não era.
Era miúda com cacto crescendo em suas telhas,
Como cresce verrugas em crianças que contam estrelas.
Tortinha e pensa,
Baixinha e magra,
Suas varas apareciam amarradas com embira
E coberta com folhas de marmeleiro.
Parecia um menino buchudo e desnutrido
Com os pés cheios de feridas.
Assim, ficava
Quando o barro começava a caí dos paus que a segurava.
Barroquenta e fria,
Com meus pés tocando o chão,
A sentia e a via,
Com os olhos remelentos rodeados de mosquitos.
Suas janelas viam os lados
E quando suas portas se fechavam,
As tramelas eram transpassadas
Para dar segurança;
Segurança desnecessária.

Em suas paredes estavam as digitais
Dos dedos marcados no barro seco,
Legado da luta que foi construí-la.
E as frestas de suas telhas,
Quando não tinha uma lata de óleo aberta substituindo uma,
Clareavam o chão batido do piso.
As restas redondinhas ou ovais
Seguiam seu caminho ao contrário do sol.
Em suas rachaduras,
Ficava o habitat dos insetos,
Que furavam seus buraquinhos redondos.
Maribondos também faziam suas casas
Nas linhas de facheiro ou nos caibros de mufumbo.

Minha tapera,
Que não era só minha,
Abrigava sapos, ratos,
Cobras, lagartixas, víboras, maribondos e muriçocas.
Minha tapera,
Que na chuva quase se desfazia por completa
e que na minha infância seu barro era comestível
Tão fria e lamacenta,
Fedorenta e fumacenta.

Lembro ainda do teu fogão de lenha,
Das tripas e preás espendurados num cordão,
Da portinha toda emendada,
Dos armadores da minha rede,
Do pote no canto da sala,
Do cupinzeiro na furquia.

Ah! Que lembrança salgada,
Lembranças das noites mal dormidas
Em que as goteiras caiam dentro de minha rede
Ou os grilos cantavam nos rachões do barro até de manhã.
Velha minha,
Velha tapera,
Hoje já não estais aqui.
Teu barro foi nas águas do riacho
Que tanto nos acordou no meio da noite (com água)
Querendo nos levar.
Tua madeira foi queimada nos fogões da vizinhança
E nas fogueiras de são João.
Tuas poucas telhas
Não serviram para nada,
Nem mesmo para cobrir a casa do meu cachorro,
Virou aterro para o baldame de tua substituta.

Minha querida tapera,
Da minha infância nostálgica,
Ainda lembro de teus quatros repartimentos,
Da meia parede,
Dos papelões tapando teus buracos,
Das pontas de vara nos portais
Arranhando-nos os braços ao passar.
Quantos sonhos de te substituir
Elaborados dentro de ti!
Separamo-nos
Como quem há tempo desejava.
Mesmo ao longe,
Via-te erguida.
Tristinha,
Como se sentisses a minha saída.
Em pouco tempo,
Viesses ao chão
Se desmanchando por completa
E não duraste muito até desapareceres,
Ficando apenas marcas tuas
Do lugar onde foste erguida.
Não te guardei os restos mortais pequenina,
Mas te gravei pra sempre em meu coração,
Que parece te encontra em cada arranha céu que vejo,
Hoje, ele parece ser do mesmo barro que você,
Pois acolhe a todos
Dentro de seus limites, que queira nele viver.


Andrelino da silva ( Lino sapo)
Cachoeira do sapo/ RN, 28/11/2006
Homenagem a tapera em que vivi minha infância

coisas do sertão de antes 1

Coisa do sertão de antes

Sou do tempo que Fanta era Remédio;
Sabonete presente de Aniversário;
Rapa de Juá era Xampu;
Que sandália Havaianas era chinela Japonesa;
E quando velha tinha apetrecho
Uma correia de outra cor ou
Um arame amarrando o pitôco do cabresto.

Sou do tempo que banheiros eram de palhas de coqueiros;
E as telhas da cozinha pretas da lenha queimada no fogão;
Sou do tempo que prato era lata de goiabada;
Do tempo que cafeteira era bule;
Que lençol, pano de prato, toalha e coador de café
Eram de sacos de açúcar.

Sou do tempo que toda casa tinha um pote de barro
E um coador d’água;
Um palanque, um banco e uma lamparina;
Um pinico debaixo da cama;
Do tempo em que espantava muriçoca
Queimando bosta de gado ou bucha de coco.

Do tempo que toda casa tinha um pulêro;
Do tempo em que moia o milho para fazer o pão;
Do tempo em que bica era de lata de óleo;
Que a cisterna era um tambor no oitão da casa;
Que leite de avelóz era cola;
Que vassoura era de vassourinha.

Que vidro de desodorante era enfeite;
Que o pão era enrolado em papel;
Que menino novo vinha de avião;
E bicho papão pegava menino;
Do tempo em que passava álcool em catapora;
Que arrancava dente com linha de algodão.

Do tempo que bandaid era folha de mato verde;
Sou do tempo de tertulha e assustado;
Que o lanche da hora era refresco com Dalila e pão doce;
Que caminho era vareda;
Que creme para axilas era limão nos sovacos;
Que vacina era injeção.

Que sexo era cabimento, transar era pimbar;
Que menino sujo era grudento e
Quando cheirava mal fedia a tampo;
Que pum era peido;
Que concha era quenga de coco;
Do tempo que copo era caneco.



Que facheada era com piraca;
Que creme para cabelo era óleo de coco;
Que toda casa tinha um pau de galão;
Um motor rádio sintonizado na rural;
Cabugi ou araruna;
Sou do tempo dos repentistas.

Do tempo que o colégio era grupo; e
Que cabaré era curral de jumenta;
Do tempo que diarréia era difrusso;
Que prótese dentária era chapa;
Que papel higiênico era sabugo;
Que o aveloz era banheiro.

No tempo em que guardava roupa em mala;
No tempo em que rapaz chique
Andava com pente e espelho no bolso;
No tempo que beijo era cheiro;
Amar era querer bem;
Flores eram rosas

Traição era chamego
Sapo era cururu;
Do tempo em que fumo era de rolo;
E cigarro era brejeiro;
Que menino grudento se esfregava com caco de telha;
E carro de brinquedo era feito com lata de sardinha
E os pneus com chinela japonesa.

Do tempo que elástico era de liga de câmara de ar;
Roupa era de chita;
Que banho era de cuia;
Que brincadeira de criança era tô no poço;
Que mingau era de araruta;
Que se tomava água de cabaço.

Que homem mal era malfazejo;
Que lixeiro e munturo era sisqueiro.
Que cama, era de vara e o colchão de junco
Que casa era de taipa,
Que tinha na sala enfeitado um monte de fotos de candidato apregado com sabão.
Sou do tempo do voto de favor

Do tempo que burro tinha valor,
Que andava com caçuar, barrie, cambinte,cangaia e rabichola.
Sou do tempo de bacurau e arara,
Que andava com uma árvore nas costa acompanhando a passeata.
Sou do tempo de metiolate e confeito xaxá
Do tempo das frentes emergenciais,
Do feijão duro na queda e do burgô.





Sou de um tempo que as roupas tinham remendos,
Que passavam pernas de veado pra os meninos andar ligeiro,
e água de chocalho para falar rápido.
Que brinquedo bom era cavalo de pau.
Sou de um tempo que os meninos andavam nu ate aos 10 anos.
Que as meninas passava cebola nos peito pra crescerem.

Do tempo que no são João o forró era de sanfona,
E as fogueiras queimavam até o outro dia,
Depois de ter assado muito milho e feito muito batizado.
Tempo em que se usava chapéu de palha,
Sabão de coco pra tomar banho
Sou do tempo de apragata de sola

Que debulhava feijão no cacete,
Que menino novo tomava banho em agridar.
Sou do tempo de garfo marfim,
De lobisomem e saci pererê.
De ferro a brasa.
Sou do tempo da hora pelo sol

Sou de um tempo em que havia respeito,
Que menino não passava em meio de pessoas que estavam conversando.
Nem se metia na conversa.
Que se tomava a benção aos mais velhos.
E que na escola, castigo era ajoelhado em cima de milho.
Sou do tempo do tempo que não volta mais


andrelino da silva ( lino sapo)

comida de pobre

COMIDA DE POBRE

A rede transpassada no corredor ringia ao passar por baixo dos punhos, assim eu ouvia após o galo cantar, o sono não deixava eu me levantar até que minha mãe chamava pra ir pra escola. E assim começava meu dia, geralmente embaixo da rede uma poça de mijo, e já despertava com um carão. Lembro de minha rotina e meus sonhos, acordava as seis da manhã e tomava aquele castigo de banho com um litro d’água, que era melhor uma chinelada, comia aquele escaldado de leite com farinha ou então uma farofa de óleo com colorau e cebola, e um café de Bajé de algaroba adoçado com rapadura. O açúcar sempre acabava, ao voltar do casulo algumas vezes tinha feijão com farinha e eu comia fazendo macaco, as vezes tinha piaba ou preá assado na brasa. Mas disso eu já estava abusado, minha mãe trazia leite para eu comer com jerimum, mas eu também não queria, e me amoava, e ela usava sempre o mesmo termo; o comer dos amoados engorda os enjeitados, e dava meu comer para outro.
Eu queria outra coisa queria picado ou buchada, e quando via que não conseguia, começava a chorar até que ela vinha me adular com farinha com açúcar ou ximbel, mas minha raiva não deixava aceitar. Então eu ia pra casa dos meus amigos e lá comia batata assada ou puxa-puxa de rapadura, às vezes quando as coisas tavam boas na casa do vizinho, comia fubá de farinha de milho ou doce de Bajé de algaroba. Mas quando não tinha nada, pegava minha baladeira e ia para o mato, lá eu comia inco ou gogoia. De tarde quando tudo melhorava voltava, minha mãe fazia bejú no caco, com farofa de nata de leite para o lanche vespertino. Quando a noite chegava o quarenta já tava na panela, mas o fogo que fumaçava ainda estava preparando o café do meu pai pra ele levar pra o minero no outro dia, era um pão de milho feito numa cuscuzeira de barro todo enrolado num pano.
Mas minhas irmãs e eu queríamos angu ou xerem, o quarenta era salgado e a gente não gostava. Minha mãe sempre boa; dizia amanhã eu faço baião de dois. E assim nossa vida seguia. Nos finais de semana as coisa mudavam, no café tinha bolacha, minha mãe tratava uma galinha para alguém e a gente comia um cozinhado das tripas. A noite tinha cuscuz com coalhada, às vezes minha mãe fazia uma cabeça de galo pra meu pai quando chegava bêbado, e assim seguia nosso rumo. As coisas mudavam mesmo no inverno com a fartura de milho e feijão, nesse tempo a briga era para rapar o caldeirão da canjica, a pamonha dava um bucho inchado danado, sempre comiamos quente, nem esperávamos esfriar. Era um bom tempo, tempo de mugunzá, de feijão verde com maxixe e quiabo com panelada. Essa foi a minha vida nutricional até papai ir embora, depois disso nada de ximbel, de munguzá, de feijão fazendo macaco, nem mesmo o quarenta ficou.



LINOSAPO
2009

cachoeira do sapo

A minha amada terra (cachoeira do sapo)

Onde as águas rolam fortes, onde as pedras são sem igual
Onde o vento é maravilha, onde tudo é bem normal
A natureza é uma beleza, E que por aqui ficou
A fauna e a flora que o tempo conservou.
Tudo é maravilhoso, por aqui se pode ver
Já sabemos quem criou, e agradecemos ao senhor.
Como prova de sua grandeza essa terra povoou
Com criaturas exóticas e homem de valor
Obrigado pelo presente que vós nos deixou
O orgulho dessa gente, é que cachoeira do sapo se tornou.

Que eu sou cachoessapense, eu sou.
Com muito orgulho e muito amor.
Cachoeira do sapo eu sei,
Nesta terra me criei.

Foi aqui que eu nasci, por aqui aprendi
O que deve cultivar, o amor e a alegria
Sempre em grande parceria, eternamente iremos levar.
Nossa dor é quase nada e foi imediatamente superada,
Transformada em piada para quem nos escutar.
E a força dessa gente, se deve ao lugar
Nossa historia é forte, não se pode duvidar
Houve conflitos teve mortes, Mas deixou tudo pra lá
Hoje o povo é feliz e pode se orgulhar,
Pois nos restou, a paz para contemplar.

Que eu sou cachoessapense, eu sou.
Com muito orgulho e muito amor.
Cachoeira do sapo eu sei,
Nesta terra me criei.

De seca a inverno, de janeiro a dezembro
Essa terra não deixou seus filhos morrerem em desalento
Água pra matar a sede e pão pra saciar fome
A vida por aqui é bela, e molda nosso homem
De Pedro leite a Junior Bernardo, de Silvio a andrelino
Vivemos de realizar sonhos, que nasceram quando menino
De Neném loicera a Zé Quixaba, de Nicolau a expedito
Nossa sociedade é organizada, esse é o lado mais bonito
São José nosso padroeiro e também bom protetor
Ajude aos filhos de cachoeira do sapo, a viver com muito amor.

Que eu sou cachoessapense, eu sou.
Com muito orgulho e muito amor.
Cachoeira do sapo eu sei,
Nesta terra me criei.



Poesia de andrelino da silva (Lino Sapo)
A amada terra de cachoeira do sapo.

DA CACHOEIRA PARA A VIDA


 
Ainda sois do tempo do preto e branco, mais branco do que preto. Chegaste com a fartura, crescesse sem frio, cheio de amigos e irmão, com uma cor amarronzada que te fazia parecer transparente, depois viraste negro sem nenhum preconceito e sem medo de perde o rabo que acabasse perdendo. Pra sentir o calor do sol, botasse para fora essa cabeça feia com uma grande boca, olhos espaçados bem redondos e visse o mundo, e por ele caminhasse sem pai, sem mãe, sem lar e sem destino. Trôpego e saltitante seguisse para as pragas e entre uma flor e outra tiraste teu alimento, e daquela coisinha preta e buchuda, viraste um carregador de leite, mijão e barrigudo.

Tua língua é eficiente, e a usas para ganhar a vida, e isso é bom e só porque talvez você faça o bem, muito te odeiam sem te entender. Pouco importar querer impressionar comendo brasas ou se inchando para amortecer as pancadas que te dão, todos podem te expulsar, chutando, outras vezes te salgando, eles não entendem que apesar de ser feio eis útil, e parece que tua feiúra esconde tua utilidade, e quando nada entendem te apresentam a vassoura. Não sois bem vindo, a não ser que se torne príncipe, és o antônimo da beleza e o mais simples adjetivo para o menosprezo, assumindo assim o último degrau da humilhação. Mesmo sem dizer nada, cozem tua boca, e pior ainda quando te expõe o coração e as tripas, e tudo quanto queres é se refrescar, cantar e provar como és romântico.

Sabendo que poucos te entendem, ainda causa admiração, te invejam por ser completo, entendes a terra e a água, conheces os rios , os lagos e em qualquer poça se acomoda com perfeição. Se a água assusta a muitos, tu se mostras como maestro que não desafina e nunca morres afogado. Curioso teu nome pequeno que muito até te apelhidão com um maior, e entre sapo e cururu, sois apenas mais um, que aparece como trapo vindo de rios e riachos, e num lugar remoto, distante te tudo que te causou dor, teu nome acrescentou. Diferenciando de capoeira a corredeira, ficaste em cachoeira a terra que te adotou, e hoje com muito orgulho, com teu nome o lugar o batizou. E cachoeira do sapo em reconhecimento te aclamou, e mostrou com simplicidade, que a ignorância, por aqui não se projetou.
 
Lino sapo
28/12/2005